segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O "Exú Guardião e a Ganga" Parte IV

As Energias da Ganga e o Trabalho Oculto de Ascenção na Escala Vertical!

“Fundamentos de Umbanda Hermética”.



Como vimos nos textos anteriores, as energias da Ganga são formadas através das formas pensamento e atitudes daqueles que habitam em um local, criando um “elemental artificial” que passa a ter uma relação biopsicoenergética com o cotidiano daquelas pessoas.

Neste texto vamos aprofundar estas questões, seguindo os princípios da “Umbanda Hermética”, explorando os “diversos Eus” que fazem parte do ser humano assim como, a necessidade do processo de auto observação e análise de cada uma destas energias que compõem o ser, finalizando com o processo de evolução na “escala vertical” através da anulação destes “eus” pelo “grande Fogo Cósmico”, num sentido de busca da integridade!.

Iniciaremos o tema abordando o fato de que todos os seres humanos estão vivendo neste mundo por algum motivo, por algum fator especial...

Obviamente há muito que aprender, conhecer e analisar, se é que desejamos realmente seguir a máxima esotérica do “conhece-te a ti mesmo”!

Cada um de nós deve descobrir por si mesmo o sentido de sua própria vida....aquele que o mantém “prisioneiro no cárcere da dor”....Ostensivamente há em cada um de nós, algo que nos amarga a vida e contra o que precisamos lutar firmemente! Não é indispensável que continuemos na desgraça, mas é impostergável reduzir à poeira cósmica isto que nos faz tão débeis e infelizes.

Acorrentados às suas crenças, dogmas, estagnados nas muitas recordações do passado, repletos de “prejuízos ancestrais” e insuflados em seus “egos” por acharem que conhecem e detém a verdade, os seres humanos seguem num “processo letárgico de viver”, não se dando conta que este planeta é um grande “Laboratório de Experiências”.

Com uma visão focada exclusivamente ao “exterior”, pautamos nossas vidas baseados nos acontecimentos exteriores, esquecendo-nos por completo dos “estados de consciência” associados à cada evento! Desta forma, através de todo um “processo oculto de manipulação” que exalta o “ter” em detrimento do “ser”, vemos pessoas em busca constante e contínua de artificialidades à suas vidas, desde a supérflua necessidade de bens ditados como necessários à uma posição social até mesmo condutas e comportamentos acorrentados à padrões sociais de participação em uma elite de egos pseudo-poderosos. E, nesta busca frenética, acabamos por empenhar todas as nossas forças e energia vital, na busca da obtenção destes “pseudo padrões”, num processo de entorpecimento da “alma” que, por sua vez, pacientemente aguarda a frustração de que, a cada “bem material ou posição social” alcançada dentro desta sociedade “parasitária” , não somente não encontramos a felicidade, mas também acabamos por tornar amarga a vida de outros em nosso redor!

Estamos envoltos num contínuo reverberar de reclamações a respeito de tudo, sofrimentos, choro, infortúnios; um processo de “eterna insatisfação” não nos dando conta de que não importa quão formosos sejam os acontecimentos da vida... se não estivermos num “estado interior apropriado”, vão nos parecer monótonos e aborrecedores... Associado à este “estado interior”, encontramos o verdadeira origem daquilo que realmente somos pois, nossa vida interior atrai os acontecimentos exteriores. Os eventos exteriores jamais seriam importantes se não fosse o modo como reagimos à eles – Por acaso permanecemos serenos ante o insultador! Recebemos com agrado as manifestações desagradáveis! Nos deixamos levar pelo veneno dos ciúmes!, etc....Estados interiores equivocados nos convertem em vítimas indefesas da própria perversidade humana. Pois é exatamente quando nos identificamos com um determinado acontecimento que desencadeamos toda uma cascata de desejos e emoções que, por sua vez, “drena” intensamente nossas forças vitais. Não esqueça, cada evento exterior precisa inquestionavelmente de sua contra-parte interior...Se ela não existe, este evento se esvai em poeira cósmica, pois não há motivo para ele continuar existindo!

Porém, na realidade, dentro de cada ser humano vivem muitos “eus”. E cada um deles luta pela supremacia, querendo controlar o cerebro as emoções e tudo o mais referente à máquina biológica. À medida que praticamos a auto observação ( dentro do binômio observador – observado), vamos aprendendo a conhecer estes vários “eus” que vivem dentro de nós e acabamos por entender como nos tornamos acorrentados aos seus desejos, desencadeando atos e emoções que venham a satisfazê-los. Portanto temos sentimentos, desejos, paixões, ações que compõem cada um de nossos eus interiores e, que podem inclusive ser antagônicos entre si...Portanto, dependendo de qual “eu” se manifesta em dado momento podemos reagir de diferentes formas às situações de vida cotidiana....Sendo assim, podemos afirmar que em cada um de nós há tantos pensadores negativos quanto pensamentos da mesma índole....Dentro deste binômio “pensadores pensamentos”, carregamos vários “eus” dentro de nossa psique...Cada um deles crendo-se único naquele dado momento em que se apresenta! E assim, nossas energias são canalizadas para a satisfação de cada um destes “eus” dentro de nós!

Quem não vive sempre em estado de alerta fortalece gradativamente o elo de ligação com estes diversos “eus”. Estabelece desta forma, um vínculo com um “eu negativo” ( negativo por ser apenas um aspecto em desejos e emoções a serem saciados), levando à uma gradual perda de força através da drenagem de energias. O “eu negativo” nos prepara armadilhas baseadas em nossas experiências pessoais, nossas recordações, nos envolvendo na “teia de maya” e levando ao fracasso! Aniquila os lares pelo adultério em função da luxúria, destrói as relações através dos ciúmes e da posse, engana os devotos do caminho fazendo-os sentirem-se sábios, entre tantas outras armadilhas....

Portanto, é indispensável lutar arduamente contra a fantasia sobre nós mesmos se é que não queremos ser vítimas de emoções artificiais e experiências falsas que nos colocam em situações ridículas. Podemos caracterizar estas fantasias como uma espécie de força que age universalmente sobre toda a humanidade, mantendo-a em estado letárgico e fazendo-a crer que está em níveis acentuados de evolução. Porém, se olharmos o mundo com os olhos um pouco mais “abertos” já basta para percebermos que em pleno século XXI somos os mesmos bárbaros de ontem. Ao longo de todas as páginas desta nossa civilização falamos sempre das mesmos horrores da ambição, da guerra, da miséria de muitos, da fome, da injustiça, etc...Portanto não há grandes motivos para nos acharmos evoluídos....somos em realidade “lobos em pele de cordeiro”! Pois, como todo fator externo é fruto do pensar interno..então, fazemos parte de uma humanidade degradada e insensíve... ainda temos muita estrada pela frente!

Aí está a origem das negatividades em nossas vidas... Elementais artificiais criados e alimentados por nossos “eus negativos”, como frutos de uma mente não alerta nem desperta para tais conceitos...”Seres” voltados e manipulados em torno de interesses e situações, mantendo-nos reféns deste espaço-tempo na “eterna briga pela energia”.

Precisamos promover uma mudança verdadeira; sair desta rotina de uma vida cansativa e aborrecedora! Para tal, a primeira coisa que devemos compreender é que cada ser humano, independente de sua condição e posição na sociedade encontra-se alocado como que em uma grande escada vertical num determinado “nível de ser” e, este nível se caracteriza pelo grau de conscientização sobre si mesmo e sua jornada como “ser espiritual”. Quando um homem começa a trabalhar sobre si mesmo, quando observa e entende seus desgostos e penas como ilusórios e determinados por falsos ideais...Quando compreende e auto analisa os diversos “eus” dentro de si, decidindo não se tornar escravo deles. Quando toma a totalidade da vida em suas mãos não deixando para amanhã o que se pode fazer hoje.... Quando compreende que nossa vida se repete de existência em existência através dos séculos e, a repetição dos dramas e comédias são uma aplicação da lei das recorrências, se repetindo a cada existência sempre a mesma circunstancia e, que os “atores” de tais dramas são sempre estas “pessoas” que vivem no interior de nossa psique – nossos diversos “eus”...Pode ele então, chegar à conclusão que, se não existirem os atores, não há como existirem os dramas....Desta forma, ele se liberta das leis do Retorno e da Recorrência.

À medida que o sentido de observação íntima se desenvolve podemos avaliar todos estes “eus” que servem de fundamento básico para nosso temperamento individual por trás do qual se escondem, nas mais remotas profundidades, nossos demônios interiores...as forças com as quais devemos nos confrontar e queima-las no “grande Fogo Cósmico” para nos livrarmos das cadeias do ego e ascendermos em escala vertical, cada vez mais livres dos fardos de nossas existências pregressas....

Eis aí o grande mistério “Exu” como agente de evolução cármica...Nosso fiel companheiro de evolução....

Depois de toda a explanação, agora fica muito fácil a compreensão de nossos amigos espirituais que trabalham na linhagem de “Exu”...O fato de serem associados aos “demônios” ( nossos demônios internos), ao “Inferno”- (Grande fogo cósmico – que purga o mal dentro de nós), de estarem associados ao Chakra básico ( elemento fogo , a vitalidade os nossos desejos, emoções )...etc!

A “Umbanda Hermética” se apresenta neste momento quântico, desmistificando os dogmas e crenças pré estabelecidos e desvendando a verdadeira essência iniciática, oriunda de povos milenares, contribuindo desta forma com o momento evolutivo de nosso planeta rumo à “quinta dimensão”!

sábado, 4 de setembro de 2010

DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO PARA ALÉM DO FENÔMENO!

MATÉRIA, ENERGIA E CONSCIENCIA


“A jornada evolutiva de desenvolvimento mediúnico”.



Seguindo conceitos da Física Quântica, todo o processo de manifestação da energia se dá de acordo com o agrupamento em pacotes energéticos. E, estes agrupamentos se caracterizam por “faixas de freqüência” ou ainda, didaticamente, podemos defini-los como planos de freqüência vibracional

A organização de unidades de energia consciente, em padrões específicos e dentro de uma determinada freqüência ( como pacotes de emissão de energia), caracteriza-se como fenômeno de criação, constituindo cada uma das coisas “manifestadas” que conhecemos ( perceptíveis ou não). A diferença entre o perceptível e o não perceptível se dá no sentido que, aquilo que percebemos como matéria física não passa de energia pertencente à uma freqüência vibracional dentro de um campo especialmente criado para tal efeito!

Estas unidades de energia vindas dos planos mais sutis se manifestam fisicamente como partículas subatômicas, através de um processo de aceleração no campo frequencial das partículas (chamadas de prótons, elétrons e nêutrons) que, por sua vez, entram na composição dos átomos de um elemento em particular ( carbono, oxigênio, hidrogênio, etc...). Estas partículas são, na sua realidade, ondas de energia que se manifestam em determinados momentos como partículas, sendo desta forma, factíveis de se observar.

A matéria não ocorre espontaneamente, mas sim é concebida a partir de “matrizes organizacionais” que estão sob a responsabilidade de “consciências organizadoras”. Tal organização por sua vez se faz seguindo planificações exatas em escalas de vibração que poderíamos chamar de oitavas vibracionais. E, cada um de nós está presente em todas as oitavas, ocupando uma determinada posição e elevando progressivamente a nossa freqüência de forma a nos relacionarmos com cada um dos planos de manifestação das sete oitavas. Desta forma, os elementos constituintes de cada oitava vibracional se mesclam entre si num processo de inter relação harmônica entre as unidades energéticas, uma vez que encontraremos afinidades vibracionais em cada oitava.

E é aqui nestes campos frequenciais plasmalizados pela ação das “consciências organizadoras” em oitavas vibracionais, aonde ocorrem os processos de nossa interrelação com as forças da natureza (orixás), para, na seqüência evolutiva, passarmos à compreensão do grande campo sobre o qual tudo se organiza e aprimora, possibilitando então a nossa reunião com as “energias Orixás” e, delas com o todo criador. Trata-se da jornada pessoal de cada um rumo à integração!

domingo, 4 de julho de 2010

A TRONQUEIRA - O ETERNO CICLO DO FLUIR DAS ENERGIAS

EXÚ GUARDIÃO DO LOCAL (PARTE III)


A TRONQUEIRA - ENERGIAS CÓSMICAS, ENERGIAS IMANENTES ENERGIAS TELÚRICAS E FLUXO VITAL. – O ETERNO CICLO DO FLUIR DE ENERGIAS!



Todo o processo de manifestação de um nível vibracional energético está ligado à acelerações na freqüência do “campo” ( entendendo-se campo aqui, como o “grande fundo” sobre o qual as diversas realidades se manifestam em seus diferentes níveis de percepção). Podemos assim deduzir que não há nenhum processo de movimentação deste “grande campo” sem existir o envolvimento de algum aspecto de manifestação de “energias”.Portanto nos bastidores da existência, encontramos a Energia como elemento fundamental no desenrolar do processo dos propósitos da existência quer seja no plano físico, no plano psíquico, no plano emocional ou no plano abstrato!

No mundo da ilusão tudo pode ser conseguido desde que haja suficiente índice energético. Na verdade é a energia o que dá suporte às manifestações do universo.

A volta à unicidade passa pela reintegração à energia, aliás, que nunca esteve separada. Antes da reintegração ao Todo a eliminação da ilusão de separatividade tem que ser desfeita. Se formos Deus, um dos nossos aspectos é o da energia – Energia é um dos aspectos de Deus – e, na medida em que os grilhões da mente vão sendo eliminados se chega ao momento em que o ser, antes de se sentir como o Ser se sentirá integrado ao todo energético do universo, por ser parte de Sua natureza.

Na ilusão do Mundo Imanente – Mundo de Maya - Deus se apresenta como se existisse em aspectos – níveis – de manifestação, sendo a energia um deles.

Deus, portanto, não tem níveis, a mente é quem os cria dentro do contexto do existir o Mundo Imanente. Podemos dizer que de baixo para cima existem níveis – formas de o limitado entender o ilimitado – mas não de cima para baixo. O Todo pode “ver” as partes, mas a “parte” não pode ver o Todo, e por isso é que o ser humano percebe Deus como algo acima, fracionado e separado dele, mas Deus – o Ser – vê os seres como partes de si mesmo, ou melhor, como Ele mesmo.

Portanto, o ser tem que sentir a energia não como algo separado de si, mas sim como algo de si. Para tanto é muito importante o ser buscar a energia até que um dia se sinta integrado à ela e não como algo a ser incorporado a si.

Tudo no mundo, direta ou indiretamente, gira em torno de interação de energia, pois no fundo é isso o que interessa não só aos seres humanos, mas a todas as expressões de existência no Cosmos. Essa busca de energia, em síntese, é a busca do retorno ao estado energético da manifestação do Ser, mas no geral é uma luta de conquista.

Com relação ao ser humano, a energia circula fluidicamente em seu corpo sob a forma de “energia Vital” ou bioenergia que se caracteriza pelo adensamento energético como fruto de transmutação das energias cósmicas, telúricas e das suas próprias “formas-pensamento”, através do corpo etérico , na forma de “energia imanente” e, deste para o corpo físico sob a denominação de “fluxo Vital”.

Tal fluxo vital pode tanto ser acumulado ou dissipado de acordo com determinadas situações. Entre elas podemos citar:

a) situações que favorecem o acúmulo de fluxo vital circulante

Formas pensamento agradáveis

Estados de paz e tranqüilidade, buscando a unidade

Meditação e relaxamento para reintegração do ser

Aproximação dos sítios sagrados da natureza

Algumas formas de músicas ( geométricas, cantos gregorianos, mantrans, etc...)

Manipulação positiva de “axé”



b) situaçaões que favorecem dissipar o fluxo vital circulante

Formas pensamento desagregantes

Estados de excitação extrema e euforia

Estados depressivos

Estados depressivos

Pemanência em locais de desordem e confusão

Vampirização energética

Manipulação errônea do “axé”



Como vimos na “parte I” desta série de textos sobre “o guardião do local”, nossas forma-pensamentos, atos e condutas dentro de nossa casa são a principal fonte de criação do bolsão energético manipulado pelos guardiões de nosso lar no sentido de possibilitar a prosperidade, o movimento e a vida dentro do ambiente de convívio de uma casa. Portanto é imprescindível a compreensão de que tudo é “energia”, somos energia e que não há divisão de

planos fora da mente. Esta busca rumo à integração possibilita com que nos sintamos energia e não a procuremos fora de nós...Desta forma permanecemos constantemente “nela”, participando deste todo indivisível, fora do mundo das ilusões...Dentro deste raciocínio contextualizamos o sentido contínuo e ascendente da energia sem nos preocuparmos com batalhas e demandas a serem vencidas pois que, a energia sempre foi e será uma só...E cada vez que reforçarmos em nós os padrões de dualidade, estaremos imergindo na ilusão da” eterna guerra entre o Bem e o mal”, perdendo fluxo vital e dimunuindo nosso poder pessoal na capacidade de manipulação energética!

Sendo assim, dentro dos postulados da “Umbanda Hermética”, o princípio do “Mentalismo” é a ferramenta primordial rumo a conscientização de integração na sagrada lei “o um é o todo e o todo é o um”!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

EXU GUARDIÃO DO LOCAL - A TRONQUEIRA ( PARTE II )

O Exu Guardião do local ( Parte II )


• A “Tronqueira”, um espaço sagrado – a visão da Umbanda Hermética.



A “tronqueira” ou “ganga”, se caracteriza por ser, a nível geográfico ( instituída neste espaço de realidade manifesta), um local delimitado pelas dimensões do comprimento, largura e haltura, aonde processos ligados à captação, magnetização e fixação, através de ritos e símbolos, possibilitam o armazenar e fluir de energias ligadas diretamente ao “exu guardião do local”.

No entanto, antes de iniciarmos os pormenores ritualísticos relativos ao assentamento de uma “tronqueira”, é imprescindível que tenhamos plena compreensão de seu significado dentro do processo dual da mente humana!

Pois bem, quando falamos em religiosidade, automaticamente se define o religioso e o não religioso. Aquilo que pertence ao campo religioso associamos ao “sagrado” e, em contrapartida, tudo o restante não incluso neste campo do “sagrado”, se torna então “Profano”. Observa-se que, nos moldes da mente pensante, também o sagrado e o profano se apresentam como formas de foco da consciência sobre determinados aspectos da realidade visível!

A vida transcorre sempre dentro de algum tipo de espaço. Podemos citar por exemplo, o espaço geográfico, o espaço natural, o espaço edificado, o espaço temporal, entre tantos outros. E, o espaço denominado religioso ou sagrado se localiza dentro da dinâmica destes diferentes espaços.

Abordando as variadas dimensões do existir humano, considerando o espaço de uma maneira mais ampla dentro de processos sociais das funções e das formas, contextualizamos o espaço não como um meio sobre o qual as coisas estão colocadas mas sim, um meio pelo qual é possível a disposição das coisas! Sendo assim, concebemos o espaço como o Poder Universal de conexão entre as coisas nele imersas.

Transferindo este conceitual para a “Tronqueira”, agora podemos defini-la como um meio com poder de estabelecer conexões dentro das possibilidades correlacionais da existência! Há pois, uma interrelação de objetos e ações que fazem uso de uma base material denominada espaço! È portanto, neste espaço que se cristalizam processos de formas pensamentos, desejos e ações das pessoas que residem no local ( como já foi visto na Parte I) que, em conjunto com a captação, fixação e magnetização de forças no campo das coisas do “sagrado”, formam um fluir dinâmico usado como meio instrumental através do qual o ser humano realiza a sua vida, produz e cria!! Não esqueçamos que Exu é vida, movimento e energia!

Passamos agora a definir o “espaço sagrado” e, para tal focamos nossa atenção ao ser humano religioso que dá uma significação qualitativa diferente para o local aonde o sagrado se manifesta. Para ele, este é um local aonde o “profano” é transcendido e torna-se possível a comunicação com outras “dimensões divinas”. Podemos afirmar que um ‘lugar sagrado” é um espaço recortado dentro do grande espaço cósmico ou telúrico.Torna-se portanto, este espaço, um microcosmo representativo do mundo no qual a existência acontece. E, é neste espaço que o ser humano religioso expressa de modo mais completo a sua atitude religiosa através de diversos ritos.

O sentimento do mistério frente ao sagrado, deve despertar uma quietude profunda de recolhimento espiritual na alma do ser humano religioso. E, é esta a sensação de sagrado que deve se manifestar em espaços concretamente estabelecidos em torno dos quais são realizados os mais diversos rituais, como é o caso da “tronqueira”!

Portanto, é imprescindível para o ser humano que busca o “religioso”,partir da compreensão do que é o sagrado, do que é um espaço sagrado, de como o sagrado interage em sua vida para, a partir de então, traçar uma relação de respeito para com o sagrado; fórmula esta que se torna a chave para a mente humana transcender os limites da materialidade!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

O Exú Guardião do Local (Parte I )

Èsù é a Energia da Vida, do Movimento e da Ação..
Com os conhecimentos que a “linha de Exu” são Forças e Elementos da Natureza, manipulados por seres espirituais, e também cientes que o homem não gera somente seres humanos, de corpo físico, de carne e osso, mas, que o homem também gera seres energéticos, que convivem a sua volta e coabitam suas residências; semelhante ao que os esotéricos chamam, e denominam, por Egrégora, passo agora a desvendar um mistério que co- habita com o “exu guardião da casa”, sendo responsável por praticamente toda a movimentação magistica e magnética dentro da “ganga”.

Esse “ser” criado, a partir da Energia do Pensamento Humano, convive e mora nas residências dos homens. Portanto, este “elemental artificial” é um ser energético criado a partir da Energia do Pensamento de Todas as Pessoas que habitam um lar, tendo em sua composição o fruto de todo um processo vibracional energético, fruto de emoções e desejos ( ligados à energia do chakra básico) e acaba sendo polarizado (“alimentado”)periodicamente. A “ganga” trata-se de um Altar de Louvor, que é colocado o mais próximo da porta, ou passagem de entrada, das residências. Ali o “exu guardião da casa” recebe oferendas, rezas e,principalmente, o produto das formas pensamento, desejos e emoções de todos aqueles que habitam no local, promovendo desta forma, através da “Lei de Ação e Reação”, o equilíbrio, a paz, a harmonia, a saúde, a prosperidade,e a fartura daquele lar( trata-se de um processo alquímico de acúmulo de energias imanentes, condensadas pela “Lei da Atração Biomagnética”, para virem a ser absorvidas como fluido vital através dos chakras etéricos dos habitantes daquela casa). Porém, temos que notar: “a ganga” pode ter uma energia boa ou ruim, ágil ou estática, saudável ou doente, guerreira ou pacífica, e assim sucessivamente, em decorrência da energia do "pensamento" das pessoas que habitam aquele lar.

Èsù está sempre em desenvolvimento e mutação, é óbvio que, em decorrência dos atos e pensamentos dos que o mantém, por isso ele é um Èsù, pois Èsù é Vida, é Movimento, portanto é tudo o que pode acontecer naquele ambiente. Quando uma família se muda de residência, esta “força” permanece onde foi criada, e aqueles que vierem a residir futuramente naquela casa, irão estar sob a influência da antiga “egrégora pensamento” que a antiga família, ou pessoas, formaram alimentaram e configuraram. Desta forma, toda casa, toda construção civil tem um “dono”, seja ela uma construção residencial ou comercial.

Quando “esta linha de exu” é captada,condensada e magnetizada a partir de uma energia ruim, pesada, desagradável, pessimista, inerte, configura-se parecidíssima com larvas, desta forma deprimindo os habitantes de uma casa, seja ela comercial ou residencial. Portanto, um imóvel que possua uma “energia de guardião” ruim, mal formada, nunca será um imóvel claro, por mais lâmpadas que se mantenham acesas. Será um imóvel "doente" energéticamente, merecedor de terapias e tratamentos apropriados. Muito trabalho e dedicação é necessário por todos que vivem em uma casa, para manter a “egrégora do Exu Guardião da casa” equilibrada. Pior é quando se vai viver em uma casa onde os antigos moradores geraram uma “força egregórica” sobre bases de energias ruins e pesadas. A transformação dela requer extrema dedicação e perseverança, muita força do pensamento, muito otimismo e muita Fé além de processos de “magia alquímica” no intuito de reversão do quadro. Mas é plenamente possível a mudança de estado emocional desta energia\força.

O que pretende mostrar a Religião dos Orixás, com essa apresentação ritualística toda, é que, um Lar, ou um ambiente de trabalho, harmonioso, saudável e próspero, é formado pelos bons pensamentos e atitudes das pessoas que convivem nele. Pessoas alegres, sorridentes, otimistas, saudáveis, religiosas irão viver o progresso, tanto espiritual quanto material, em um equilíbrio quase perfeito. Com esse objetivo, a Umbanda, tomando por base as vertentes africanistas, faz louvores e oferendas à Deus, através daquilo que convencionou chamar por “Linhas de Exu”.

Este conhecimento,, faz parte de todo um processo de aculturamento da Filosofia da Religião dos Orixás que se assemelha com muitos outros estudos esotéricos, ou também filosóficos de outras Religiões, que se encontram inseridos dentro da “divergência” Umbandista rumo à “convergência” unificadora em torno de um Deus Supremo.

OBJETIVOS DESTE BLOG

NOSSO PRINCIPAL OBJETIVO:
CONTEXTUALIZAR UMBANDA COMO RELIGIÃO.
ESTUDAR E APROFUNDAR O FENÔMENO RITUALISTICO UMBANDISTA DENTRO DA ÓTICA DO SAGRADO RESGATANDO O " MITO DO ETERNO RETORNO".
CARACTERIZAR AS FORÇAS\ELEMENTOS COMO MANIFESTAÇÕES DAS ENERGIAS ORISAS CULTUADAS NA UMBANDA.
LEVAR, PELO RACIOCÍNIO LÓGICO E FUNDAMENTADO EM UMA TEORIA DE CONHECIMENTO, A COMPREENSÃO DOS FUNDAMENTOS SAGRADOS DE UMABANDA.
PAUTAR PELA ÉTICA, A BOA CONDUTA MORAL, A DISCIPLINA E OS BONS COSTUMES, O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO INICIÁTICO DENTRO DA UMBANDA.